Sexta-feira, 19 de Novembro de 2004
Nas fraquezas de um mórbido oceano corro lentamente ao som da chuva
a água é o belo que me rodeia e nada mais desejo senão o conservar de um momento que em breve será atraiçoado pela memória. As confissões de mim a mim própria largam-se, bailando. São vastas e leves. As algas, que são o seu cabelo, límpidas e longas, não se embaraçam. Pedem um ecstasy redundante, em forma de bola e sem cores. O bater rítmico ecoa e provoca.
Emprestou a alma. Agora pede. Já não existe nada sem ser a sua pele, frágil, suave, tenra. Aromas de inocência. A morte certa na penumbra
assim ela a espera. Ou corre para ela
um rochedo, um mundo mágico, pérolas, cristais, entoação, vazio.
Cair como uma cápsula. Cair numa cápsula. Um gesto tão fino como o engolir. Sucção. Sucção. Sucção. O filtro funcionou lentamente, esmagando-a.
Nada mais que movimentos
e lembrando os primórdios das suas existências, obtendo películas do que foi, sorri. Uma sofreguidão louca por quando não se sabe o desejo de fome. O sentido perdeu-se numa floresta. O ódio permanece disfarçado de jasmim.
Quando se começa a perder? Os vermes rodear-me-ão. Serei comida pelo fogo, pelas chamas, pelas labaredas frias daquilo que não fui. Querer ser. Tanto. O deixar algo para trás, ou apenas paralelo. Dar asas à imaginação e fugir: criar um mundo em mim. Já o fiz. A incompreensão é uma constante. O a, e, i, o, u apenas agora começou. A rebelião devastada por um só movimento. E voltar ao principio, ao maldito ciclo: MOVIMENTOS!!!!!!! Um Santuário.
De
HataMae a 8 de Fevereiro de 2006 às 18:38
Quero agradecer-te as palavrinhas de conforto...
Faço-o aqui neste canto mais recatado. Neste momento estou a juntar espaços onde preencho o vasio que me vai na alma.
Esreves maravilhosamente, ja te juntei aos favoritos, virei ler-te com muita calma, primeiro tenho que aprender a viver, depois...se conseguir, virei aprender a escrever como tu...fiquei fascinada.
Um beijo
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