Domingo, 3 de Abril de 2005

De novo, cansa

debil.JPG







Aconteceu de novo.
Tive de fugir. Fugir de todos, de tudo, abandonar as responsabilidades e esconder-me. Deixei de ver, fiquei turva, o meu único objectivo concentra-se em sair dali o mais rapidamente possível.
Um ataque de pânico…palavras que me assombram há anos que parecem não ter fim…normalmente tenho-os conseguido controlar, não entendo…hoje a racionalização não teve efeito.
O medo torna-se gigante, asfixia, a sensação de não ter nada nem ninguém que me proteja naquela momento ou sempre…a única coisa que me vale, são as pernas. Correr. Correr o mais depressa que consigo para qualquer lugar, e quando o encontro, esse "qualquer lugar", ficar durante horas imóvel, a chorar e a tremer.
Uma mágoa de nada que parece impossível de suportar, um calor insuportável juntamente com arrepios, vómitos, lágrimas, e desta vez tive sorte, não surgiram os espasmos ou as convulsões, nem desmaiei.
Ainda estou a tremer de uma forma que me assusta sempre. Um nó que parece vir da ponta dos pés, atravessa a o estômago, a garganta e atinge violentamente o cérebro, sendo sempre grande e largo demais para todos os espaços do meu corpo. Sinto que vou rebentar.
Pensava que fosse de uma situação em particular quando reflicto sobre isso…mas agora, após tanto tempo sem a sua repetição, reparo que quase desde sempre, tive reacções deste género…desde criança…e estou saturada…muito saturada deste medo constante de ter medo.
Preciso de uma solução, não posso continuar assim. Mesmo esporadicamente, é horrível, e não quero isto para mim…não quero que isto acompanhe a minha caminhada por aqui. Preciso de me acalmar e encontrar a solução.
Logo eu que amo a liberdade de tudoÂ…

publicado por Rute às 22:57
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15 comentários:
De MWoman a 11 de Abril de 2005 às 19:50
Ataque mesmo que me lembre só vivi um. Os outros consegui controlar mas a vontade de fugir estava sempre presente. Nunca procurei a ajuda de ninguém e sozinha consegui ultrapassar. Mas não é fácil! E por vezes, em alturas em que me sinto mais fragilizada, tenho algumas recaídas. Um beijo mtuito grande. (se quiseres falar sobre isso podes usar o meu email.)


De Vampiria a 11 de Abril de 2005 às 11:45
Um obrigada muito sincero a todos, pelas palavras simpáticas. Beijos* * * *


De [M.a.n.i.a.c.a..e..D.e.p.r.e.s.s.i.v.a] a 10 de Abril de 2005 às 17:13
Hum...... sei exatamente como é isso... já passei por isso muitas vezes... você se sente completamente acuada, e quando olha para os lados não vê ninguém que possa te ajudar a entender tudo o que está acontecendo e te ajudar a sair daquele buraco... e quando você se vê naquela situação, sente que não há mais nada a fazer e quer desesperadamente correr para longe, fugir para um lugar onde mais nada te atinja e, em alguns casos, voltar a ter esperança, coisa que muta gente já perdeu... ou ainda acabar com tudo aquilo, vendo lentamente a vida ir esvaindo de seu corpo, se é que se pode chamar toda essa dor de "vida"... mas mesmo assim, nunca esqueça de que, apesar de tudo, não podemos desistir agora... pois um dia nossa hora chegará, e quando isso acontecer, estaremos prontos para enfrentar tudo e, finalmente, termos o que tanto procuramos... se ainda assim você não entender, ou não souber o que procurar, pode me procurar se quiser... podemos encontrar juntos o fio da esperança que perdemos há tanto tempo e aí, quem sabe...


De Sílvia a 9 de Abril de 2005 às 17:38
Tens de ter ajuda! Esse tipo de coisas, só nos atormenta a vida! Já me senti assim algumas vezes e não é nada fácil! Sei o que dizes!
http://sunshine.blogs.sapo.pt/ (http://sunshine.blogs.sapo.pt/)


De eu33 a 9 de Abril de 2005 às 13:21
Acabei de ler o teu post e fiquei alerta para um assunto que não sendo de todos os dias, preocupa necessáriamente, e cada vez mais, o ser humano dos tempos podernos. Quando referes que te consegues lembras de episódios longíquos é óbvio que tens um problema que deves tratar. Não o deves atribuir necessáriamente a um acontecimento. Não sou ninguém para te aconselhar mas acho sinceramente que deves procurar ajuda especializada. Quem sabe o teu problema vai mirrando e a liberdade que tanto prezas se torna para ti a tua forma de vida. E, mais do que tudo, enfrentas definitivamente o que quer que te aconteceu ou marcou. Não iludas, nem tentes minimizar o teu pânico. Fica bem,


De Patrícia a 9 de Abril de 2005 às 00:20
Também tenho medo e percebo-te perfeitamente. Bonito texto que tornas-te o teu desabafo. E chorar não tem mal..chora sempre que quiseres e faz o que melhor axas pa ti! Força! Beijinhos!


De de[mente] a 6 de Abril de 2005 às 00:00
{ ... naufrago em ilhas nunca antes visitadas © de[mente] ... }


De Vampiria a 5 de Abril de 2005 às 22:57
P/Sónia: Pelo menos a bagagem está cheia. bjo grande* *


De Vampiria a 5 de Abril de 2005 às 22:55
P/C.: Espero que sim...há tanto tempo que j
a não aconteciam, e espero que não voltem. Bejo carinhoso* *


De Vampiria a 5 de Abril de 2005 às 22:54
P/ferrus: O pior é não saber do que é o medo nem de onde ele surge...obrigada amiguito* *


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