É a isto que se chama limite.
Enquanto esperneiam do outro lado da parede, desta tenta-se manter os olhos abertos…todos temos um fardo a suportar e este é obviamente o meu.
Solidão e traição.
Tudo o que sou está guardado a cadeado cá dentro, com medo da dor….e mesmo sem terem a chave, pensam que sabem.
Ingénuos que me tomam como uma criança…
Vêem em mim um mundo de caprichos e obstinação….parece que não vêem nada então.
Resolvo tudo fechando de novo a pequena brecha que tinha aberto….a nada têm direito.
Julgam tudo. Não têm peso nem medida, e riem-se articulados pensando-se donos e mestres do diálogo inteligente mas anémica na verdade…
A inteligência não se encontra em dizer tudo o que se pensa…são a criança que me pensam.
Batem as portas e sinto outra arritmia.
Enjoo….inchaço…não podia estar melhor dia para a sucessão de pancada da última madrugada.
O céu negro….estouram flechas de luz e é tudo musicalmente vermelho.
Perfeito.
Até consigo ouvir o mar e as lágrimas a caírem abruptamente do abismo da minha face para o chão.
Nada me resta.
Não tenho ninguém.
Ninguém que me veja.
Pedaço inútil de carne por saborear…
Estou cansada de vozes estridentes…já ninguém sabe pausadamente sussurrar. É a única maneira de ser ouvido…estão todos surdos.
Tudo permanece imóvel ao som da chuva, mas sinto os órgãos a implodir a cada minuto…
Já não consigo entrar deslumbrante.
Já não cativo com o olhar e o sorriso.
O mundo fartou-se de mim logo depois de eu me fartar dele.
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