Debato-me com paredes ensanguentadas de nada e pontapeio o ar. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
           Esgotada. E é esgotada que me apercebo da falta de importância de tudo o que construà até hoje. Sinto a pele a ferver com vazio…quase que se formam bolhas à passagem de cada pensamento que me escorre pelos olhos. Odeio tudo neste momento.
           Choro o miserável que me rodeia.
           Não quero falar, nem harmonias, nem carinho, nem paz, nem desassossego…não quero nada.
           Desenhei letras e recortei-as a picadas milimétricas. Para quê? Tudo me é desconfortável agora. Talvez mais tarde goste, mas a perfeição com que o fiz está a morder-me os dedos.
           O ar está irrespirável. Que irritação louca comigo própria. Que irritação louca por não encontrar o meu pequeno objecto de horas molhadas de vida anémica.
           Não trespasso paredes nem pele…nem obstáculos nem nada. Estou aqui. Somente estou aqui. Esgotada com a minha irritação. Provavelmente a enlouquecer aos poucos. Apetece-me companhia para poder explodir nalguma coisa com vida, e assim ter uns braços de conforto ao mesmo tempo…umas palavras pouco usadas a transmitirem-me que está tudo bem e estou errada, se me acalmar vejo as coisas de outra maneira.
           Queria ter saÃdo de casa. Queria não ter colado imagens já destruÃdas na parede. Mas não é isso que me está a consumir a juÃzo. Não é isso, porque eu sei que não é. Então o que é? Também não sei. Talvez o apanhado ou a forma desconfortável como não me preparei. Ou entãoÂ…talvez já esteja um pouco louca há algum tempo e ainda não tinha reparado.
           Que irritação desmedida…estou a arder a compasso com o tempo.
           Amanhã já não é assim…este sentimento também vai arder com o tempo…mas até lá, vão restar muitas cinzas e algumas queimaduras. Na impossibilidade de ser mais, sou menos e dou cortes finos de raiva fulminante mal dirigida…sou alteração de um monstro pontiagudo que mata inocentes.
           Vou apenas aguardar que a lógica e a calma me assaltem dentro de pouco…afinal ainda reside alguma esperança no monstro.
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           (Caem lágrimas de desespero…até ele precisa de alguém…)
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